segunda-feira, 20 de março de 2023

DANÇA OU COREOGRAFIA

         Coreografia é a arte de criar e compor uma sequência de movimentos corporais, geralmente executados por um grupo de dançarinos ou por um único dançarino. É uma das principais ferramentas utilizadas na dança, permitindo a organização e estruturação dos movimentos em uma narrativa ou expressão artística.

A coreografia pode ser criada para diversos estilos de dança, como balé, dança contemporânea, jazz, hip hop, entre outros. Para a criação de uma coreografia, o coreógrafo geralmente escolhe uma música ou uma trilha sonora que serve como inspiração e guia para a composição dos movimentos. A partir disso, o coreógrafo trabalha em conjunto com os dançarinos para criar e ensaiar os movimentos, buscando alcançar a harmonia e a expressividade desejada.

A coreografia pode ter objetivos diferentes, como contar uma história, expressar emoções ou simplesmente apresentar movimentos estéticos. Além disso, ela pode ser composta para ser executada por um grupo de dançarinos ou por um único dançarino, e pode envolver diferentes graus de complexidade e dificuldade.

A coreografia é uma ferramenta fundamental da dança, que permite a criação e composição de sequências de movimentos com objetivos artísticos, estéticos e narrativos.

Coreografia e dança são conceitos intimamente relacionados, mas apresentam algumas diferenças e semelhanças. A dança é uma expressão artística que envolve a execução de movimentos corporais ritmados e coordenados, geralmente acompanhados de música. A dança pode ser realizada de forma livre e improvisada, ou seguindo uma coreografia pré-definida. A dança pode ser utilizada para diversos fins, como a expressão de emoções, a celebração de rituais, o entretenimento ou a competição. Já a coreografia é a arte de criar e compor uma sequência de movimentos corporais, geralmente para ser executada por um grupo de dançarinos ou por um único dançarino. A coreografia pode ser criada para diferentes estilos de dança, como balé, dança contemporânea, jazz, hip hop, entre outros, e tem como objetivo organizar e estruturar os movimentos em uma narrativa ou expressão artística.

Dessa forma, podemos dizer que a principal diferença entre dança e coreografia é que a dança é a execução de movimentos corporais, enquanto a coreografia é a criação e composição desses movimentos. A dança pode ser livre ou seguir uma coreografia pré-definida, enquanto uma coreografia é sempre pré-definida. Porém, as duas também apresentam algumas semelhanças, pois a coreografia é uma parte essencial da dança, permitindo a organização e estruturação dos movimentos em uma narrativa ou expressão artística. Além disso, a dança e a coreografia seguiram a importância do ritmo, da musicalidade, da expressão corporal e da harmonia entre os movimentos.

As artes visuais e a dança são formas de expressão artística que possuem características singulares, mas que também podem se integrar em uma única obra. Essa integração pode se dar por meio de diferentes linguagens, como a pintura, a escultura, o vídeo e a performance, permitindo a criação de novas formas de arte que exploram as potencialidades dessas duas linguagens.

A integração entre as artes visuais e a dança tem sido objeto de estudo de diversos pesquisadores, que apontam para as possibilidades criativas dessa fusão. Segundo Gomes e Lins (2019), a interação entre a dança e as artes visuais pode gerar uma nova perspectiva de criação artística, que transcende a limitação das duas linguagens compreensivas.

Essa integração pode ser realizada por meio da utilização de diferentes materiais, como a projeção de imagens em movimento sobre os dançarinos ou o uso de cenários e figurinos que dialogam com a coreografia. Além disso, a integração entre as artes visuais e a dança também pode se dar por meio da exploração das possibilidades espaciais, temporais e corporais, como apontar Jardim e Ribeiro (2018).

Diversas obras artísticas demonstram a integração entre as artes visuais e a dança, como o espetáculo "Pó de Nuvem", da Cia Primeiro Ato, que utiliza projeções de imagens e luzes para dialogar com a coreografia dos dançarinos. Outro exemplo é a obra "Le sacre du printemps", do coreógrafo Maurice Béjart, que utiliza elementos visuais como cenários e figurinos para compor a narrativa da obra.

A integração entre as artes visuais e a dança é uma forma de ampliar as possibilidades criativas dessas duas linguagens, permitindo a criação de novas formas de arte que exploram as potencialidades de cada uma delas. Essa integração pode se dar por meio de diferentes materiais e técnicas, como a projeção de imagens em movimento ou o uso de cenários e figurinos que dialogam com a coreografia. O estudo dessa relação entre as artes visuais e a dança pode contribuir para o desenvolvimento de novas perspectivas artísticas e para a introdução do repertório dos artistas envolvidos nessa prática.

Para trabalhar a temática da transversalidade entre artes visuais e dança na perspectiva do ensino de arte no contexto escolar, é possível desenvolver atividades que integrem as duas linguagens artísticas, permitindo que os alunos explorem as suas potencialidades expressivas e criativas.

Uma forma de fazer isso é por meio da criação de coreografias que dialogam com a arte visual. Por exemplo, os alunos podem escolher uma obra de arte, como um quadro ou uma escultura, e criar uma coreografia que represente a sua visão e interpretação da obra. Nesse processo, os alunos podem explorar elementos como movimento, ritmo, expressão corporal e gestualidade, buscando criar uma conexão entre a dança e a arte visual.

Outra forma de trabalhar a temática da transversalidade entre artes visuais e dança é por meio da criação de cenários e estatuetas para espetáculos de dança. Nesse caso, os alunos podem trabalhar com diferentes materiais, como tecidos, papéis, tintas e outros recursos, explorando a sua criatividade e habilidades artísticas. Além disso, a criação de cenários e figurinos pode ser articulada com a temática do espetáculo de dança, criando uma conexão entre a arte visual e a expressão corporal.

Por fim, é importante destacar que o trabalho com a transversalidade entre artes visuais e dança no contexto escolar deve ser desenvolvido de forma participativa e colaborativa, permitindo que os alunos experimentem e criem juntos. Além disso, é fundamental que o professor de arte esteja atento às necessidades e interesses dos alunos, buscando criar atividades que sejam adaptadas ao seu perfil e que estimulem a sua criatividade e expressão artística.

REFERÊNCIAS

GOMES, Ana Maria; LINS, Lívia. Dança e artes visuais: possibilidades de criação. Revista Comunicação, Arte e Cultura, v. 18, n. 2, pág. 87-102, 2019.

JARDIM, Mariana; RIBEIRO, Rogério. A dança e as artes visuais: interseções e desafios para a criação cênica. Revista Periódicus, v. 4, n. 2, pág. 22-31, 2018.

BÉJART, Maurice. Le sacre du printemps. 1974. Balé. Direção e coreografia de Maurice Béjart.

ARTES VISUAIS E ARTES CÊNICAS

Artes cênicas são todas as formas de arte que envolvem a representação de uma história ou ideia por meio de performances ao vivo diante de uma audiência. Isso inclui teatro, dança, ópera, circo, performance, entre outras formas de expressão. O termo "cênico" se refere ao palco ou espaço em que uma performance é realizada.

As artes cênicas combinam elementos como atuação, movimento, música, figurino, iluminação e cenografia para contar histórias e expressar ideias. Elas são caracterizadas pela presença física dos artistas em cena e pela interação ao vivo com o público, o que cria uma experiência única a cada apresentação.

As artes cênicas são uma das formas mais antigas de expressão artística, e têm sido usadas ao longo da história como meio de entretenimento, reflexão, protesto e celebração. Elas continuam a ser uma parte importante da cultura e da sociedade, oferecendo uma oportunidade para as pessoas experimentarem emoções, ideias e perspectivas diferentes do cotidiano.

As artes visuais são todas as formas de arte que são criadas para serem apreciadas pela visão. Isso inclui pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia, arte digital, instalações, entre outras formas de expressão artística. O termo "visual" se refere ao sentido da visão, que é o principal meio pelo qual essas formas de arte são apreciadas.

As artes visuais se concentram na criação de imagens, formas e texturas por meio de uma variedade de técnicas e materiais. Elas são características pela sua natureza visual, que permite que o público experimente e aprecie a arte por meio de imagens estáticas ou em movimento, seja em um museu, galeria, rua ou em ambientes digitais.

As artes visuais têm uma longa história e têm sido usadas ao longo dos tempos para expressar ideias, sentimentos e visões de mundo, bem como para transmitir informações e documentar a história. Elas continuam a ser uma forma importante de expressão artística e cultural, oferecendo uma oportunidade para os artistas explorarem suas ideias e para o público experimentar a beleza e a complexidade das imagens visuais.

Arte cênica e a arte visual são duas formas distintas de arte com influências em suas práticas, técnicas e apresentação.

Arte cênica refere-se a qualquer forma de arte que seja realizada em frente a uma plateia, geralmente em um palco ou em um espaço público. Isso inclui teatro, dança, ópera, performance, circo, entre outras formas. A arte cênica é caracterizada pela sua natureza efêmera, pois é criada e executada ao vivo, e pela sua interação com o público, que pode influenciar e ser influenciada pela apresentação.

Por outro lado, a arte visual é aquela que pode ser vista e apreciada por meio de imagens estáticas, como pinturas, esculturas, fotografias, instalações, entre outras formas. A arte visual é criada para ser vista em um espaço físico, como uma galeria ou museu, e geralmente é feita para ser contemplada de forma individual, sem a presença de uma plateia.

Enquanto a arte cênica é focada na performance e na interação com o público em tempo real, a arte visual é mais voltada para a estética e contemplação individual da obra. Além disso, as técnicas e os processos criativos utilizados nas duas formas de arte também podem variar significativamente, dependendo do meio escolhido pelo artista para expressar sua visão criativa.

As artes visuais são aquelas que podemos ver com os nossos olhos, como desenhos, pinturas, esculturas, fotografias e outras coisas que são feitas para ficar paradas e serem sensações. Já as artes cênicas são aquelas que acontecem ao vivo na frente de um público, como teatro, dança, circo e outras coisas que são feitas para serem vistas enquanto acontecem.

As artes visuais e cênicas podem ser usadas juntas para criar coisas incríveis! Por exemplo, podemos ter uma apresentação de teatro com cenários lindos e cheios de detalhes, que são como obras de arte visuais em movimento. Ou então podemos ter uma exposição de esculturas que são reconhecidas com uma performance de dança, criando uma experiência única e inesquecível.

Quando as artes visuais e cênicas são usadas juntas, elas podem contar de maneiras diferentes e fascinantes, criando mundos imaginários e levando o público a lugares mágicos.

REFERENCIAS

HALL, Edward T. A dimensão oculta. Trad. Waldéa Barcellos. São Paulo: Martins Fontes,2005.

PROENÇA, Maria das Graças Vieira. História da arte. São Paulo: Ática, 2011. "História das Artes Cênicas" de Renato Cohen (Editora Moderna, 2003)

RUDOLF, Arnheim. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Pioneira, 1998. "Teatro do Oprimido" de Augusto Boal (Editora Civilização Brasileira, 2009).


FUNDAMENTAÇÕES SOBRE O ENSINO DE MÚSICA NO CONTEXTO ESCOLAR

 O ensino de música no contexto escolar não deve ser isolado das outras linguagens da arte. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino de Arte, o ensino de arte deve ser transversal e contemplar a interação e interconexão das diferentes linguagens artísticas, como música, artes visuais, teatro e dança (BRASIL, 2018). A Lei nº 13.278/2016, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), reforça essa ideia ao destacar que o ensino de Arte, especialmente em suas expressões regionais, constitui componente curricular obrigatório da educação básica (BRASIL, 2016).

Dessa forma, não há argumentos legais para que o ensino de música seja feito de forma exclusiva, sem o ensino das demais linguagens da arte no contexto escolar. As diretrizes curriculares nacionais para a Educação Básica também destacam a importância da integração entre as diferentes linguagens da arte e a necessidade de contemplar as quatro linguagens da arte no ensino de arte: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro (BRASIL, 2013).

Portanto, é importante que o ensino de música seja realizado dentro de um contexto de integração com as demais linguagens da arte, de forma a proporcionar aos alunos uma formação mais ampla e integrada. Além disso, a BNCC destaca que a escola deve contemplar diferentes manifestações artísticas, respeitando as especificidades culturais e regionais, o que também indica a importância de trabalhar com as diversas linguagens da arte no contexto escolar (BRASIL, 2018).

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 13 mar. 2023.

BRASIL. Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Brasília, DF: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm. Acesso em: 13 mar. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para tornar obrigatória a oferta de educação física, em todas as etapas da educação básica, e carga horária mínima anual da respectiva disciplina. Brasília, DF: Presidência da República, 2016.